Com ideias ousadas como a de investir em carros elétricos nos anos 70, transformar os compradores de carro em acionistas e oferecer inimagináveis 100.000 km de garantia, a Gurgel escreveu seu nome na história do automobilismo no país.
O MotoMachine foi apresentado pela Gurgel no Salão Internacional do Automóvel de 1990 e lançado um ano depois. O projeto deste peculiar compacto de dois lugares era do próprio dono da marca, João Augusto Conrado do Amaral Gurgel.
O Motomachine era um 4-em-1 – podia ser transformado em quatro diferentes configurações: com capota fechada de fibra de vidro e acrílico; conversível; com o vidro rebatível para o teto para sentir o vento no rosto; e com capota de lona que podia ser rebatida.
O detalhe mais óbvio eram suas portas, feitas de acrílico, que permitiam ver o chão rodando. Outras características incomuns para a época e que só viriam a ser incorporadas anos mais tarde foram o estepe na traseira do lado de fora do veículo e o painel com regulagem de altura.
Com apenas 650 quilos e um motor Enertron dois-cilindros de 33 cv e 800 cilindradas, o carro podia chegar a 115 km/h. Foram fabricadas pouco mais de 170 unidades.
Em 1991, a fábrica entrou em processo de falência.